Pai: vantagens da sua utilização
1. Mesmo que seja pouco chefe, o pai é o melhor amigo das crianças. É de fácil utilização, pode estar sempre à mão (em última instância, pelas redes Vodafone, TMN ou Optimus) e tem um período de garantia ilimitado.
2. O pai é um brinquedo fácil de manusear, de acordo com as regras da União Europeia… recomendado para todas as idades.
3. O pai não deve ser guardado em local frio, hermeticamente fechado, e fora do alcance crianças.
4. O pai pode ser desmanchado por toas as crianças, porque a sua utilização é segura e a sua “montagem” é fácil… mesmo sem manual de instruções.
5. O pai é ergonómico e deve ser acondicionado, sem cuidado, nos braços das crianças. Quanto mais intimidante o pai pareça, mais rótulos de frágil deve ter.
6. O pai, quando faz birras, é um adversário temível e, às vezes, para não perder, torna-se o “dono da bola”. Nesses momentos, o pai não deve senão ser guardado em posição horizontal, porque fica mais ao alcance… dos ímpetos paternais das crianças.
7. O pai que não chora, que não “perde a cabeça” ou que não brinca, pode ter “defeito de fabrico”… ou requer instruções quanto à sua melhor “utilização”.
8. O pai “rabugento” é uma criança que nunca pôde dizer aos seus pais: “Quando for grande, faço tudo aquilo que quiser”. De preferência, deve agitar-se… antes de se “usar”.
9. O pai que, quando joga, se deixa perder, não é pai, é batoteiro. Deve ficar três vezes sem jogar…
10. Quando a mãe, em vez de ralhar, diz a uma criança “Vou dizer ao teu pai!”, à escala dos pesos e das medidas das crianças, isso equivale a duas “tareias” (a ameaça temível do pai, e a da consciência dolorosa de, em vez da mãe, ter uma irmã mais velha que, quando está aflita, chama pelo encarregado de educação).
11. O pai que se esforça por ser bom pai é esforçado… mas não é pai.
12. O pai que acha que as crianças só gritam (quando brincam) foi uma criança de controlo remoto. Deve ser reciclado no seu azedume e reconvertido na criança que não foi.
13. O pai sempre certinho está, gradualmente, dentro do prazo de validade, mas requer alguns cuidados dos seus utilizadores, nomeadamente quanto ao perigo de… explosão.
14. A infinita paciência das crianças é um “dadbag” com que o pai, em geral, vem equipado. Em caso de colisão frontal, é de extrema utilidade, e tem uma garantia anticorrosiva que, provavelmente, pode ir até à adolescência.
15. O pai em excelente estado de conservação é um pai à proa de choque e, ultrapassando todas as garantias é um pai para sempre (o que, em verdade, talvez seja a mais inestimável qualidade da sua utilização).
Excerto do livro Más Maneiras de Sermos Bons Pais, de Eduardo Sá – Oficina do Livro.
1. Mesmo que seja pouco chefe, o pai é o melhor amigo das crianças. É de fácil utilização, pode estar sempre à mão (em última instância, pelas redes Vodafone, TMN ou Optimus) e tem um período de garantia ilimitado.
2. O pai é um brinquedo fácil de manusear, de acordo com as regras da União Europeia… recomendado para todas as idades.
3. O pai não deve ser guardado em local frio, hermeticamente fechado, e fora do alcance crianças.
4. O pai pode ser desmanchado por toas as crianças, porque a sua utilização é segura e a sua “montagem” é fácil… mesmo sem manual de instruções.
5. O pai é ergonómico e deve ser acondicionado, sem cuidado, nos braços das crianças. Quanto mais intimidante o pai pareça, mais rótulos de frágil deve ter.
6. O pai, quando faz birras, é um adversário temível e, às vezes, para não perder, torna-se o “dono da bola”. Nesses momentos, o pai não deve senão ser guardado em posição horizontal, porque fica mais ao alcance… dos ímpetos paternais das crianças.
7. O pai que não chora, que não “perde a cabeça” ou que não brinca, pode ter “defeito de fabrico”… ou requer instruções quanto à sua melhor “utilização”.
8. O pai “rabugento” é uma criança que nunca pôde dizer aos seus pais: “Quando for grande, faço tudo aquilo que quiser”. De preferência, deve agitar-se… antes de se “usar”.
9. O pai que, quando joga, se deixa perder, não é pai, é batoteiro. Deve ficar três vezes sem jogar…
10. Quando a mãe, em vez de ralhar, diz a uma criança “Vou dizer ao teu pai!”, à escala dos pesos e das medidas das crianças, isso equivale a duas “tareias” (a ameaça temível do pai, e a da consciência dolorosa de, em vez da mãe, ter uma irmã mais velha que, quando está aflita, chama pelo encarregado de educação).
11. O pai que se esforça por ser bom pai é esforçado… mas não é pai.
12. O pai que acha que as crianças só gritam (quando brincam) foi uma criança de controlo remoto. Deve ser reciclado no seu azedume e reconvertido na criança que não foi.
13. O pai sempre certinho está, gradualmente, dentro do prazo de validade, mas requer alguns cuidados dos seus utilizadores, nomeadamente quanto ao perigo de… explosão.
14. A infinita paciência das crianças é um “dadbag” com que o pai, em geral, vem equipado. Em caso de colisão frontal, é de extrema utilidade, e tem uma garantia anticorrosiva que, provavelmente, pode ir até à adolescência.
15. O pai em excelente estado de conservação é um pai à proa de choque e, ultrapassando todas as garantias é um pai para sempre (o que, em verdade, talvez seja a mais inestimável qualidade da sua utilização).
Excerto do livro Más Maneiras de Sermos Bons Pais, de Eduardo Sá – Oficina do Livro.
Mil beijinhos cheios de Amor para o Melhor Pai do Meu Mundo!!!
PS: Só UTILIZAMOS MUITO... aquilo que funciona muito bem!!!
3 comments:
:) :) :) :)
E ele é muito feliz de ter a ti... de certeza :) :)
********
Mil beijinhos cheios de Amor para o Melhor Pai do Meu Mundo!!!
PS: Só UTILIZAMOS MUITO... aquilo que funciona muito bem!!!
Adorei as regras de utilização e desmachei-me a rir com a nº 10, lá em casa não era coisa que acontecesse mas não deixa de ser uma visão engraçada :)
Enviar um comentário